domingo, 9 de agosto de 2009

São Paulo x Goiás

Este domingo é um dia especial para o torcedor do São Paulo. Afinal, além da vitória sobre o Goiás, às 18h30m, no Morumbi, valer uma vaga no G-4 do Campeonato Brasileiro, será a milésima partida do Tricolor na história da competição que teve início em 1971. E, nestes 38 anos, nenhuma equipe teve tanto sucesso em termos nacionais quanto o São Paulo. Afinal, foram seis títulos em 11 decisões disputadas, sendo três deles conquistados nas últimas três temporadas.

Estreia no Brasileirão

O São Paulo estreou oficialmente no Campeonato Brasileiro no dia 7 de agosto de 1971. Jogando no estádio do Morumbi, a equipe então comandada por Osvaldo Brandão perdeu por 3 a 0 para o Grêmio. A escalação da primeira partida teve: Sérgio; Tenente (Forlán), Jurandir, Édson e Gilberto; Paulo, Gérson e Terto; Pedro Rocha, Téia (Everaldo) e Paraná. Curiosamente, a equipe foi vice-campeão neste ano, perdendo o caneco para o Atlético-MG de Telê Santana que, anos depois, viria a construir no Tricolor uma das épocas mais vitoriosas de todos os tempos da história do clube do Morumbi.

Na história da competição, o time disputou 999 partidas, com 458 vitórias, 295 empates e 296 derrotas, o que dá um aproveitamento de 55,75%. O time marcou 1560 gols e tomou 1026.

Chicão levanta a primeira taça do Tricolor


A saga das conquistas teve início em 1977. Na verdade, o Campeonato Brasileiro daquele ano acabou em março de 1978 e o São Paulo sentiu o gostinho de ser campeão pela primeira vez contra o Atlético-MG, enfrentando um estádio do Mineirão completamente lotado por 102.974 torcedores.

Na ocasião, o rival mineiro era considerado amplamente favorito porque tinha um time repleto de estrelas e, até a decisão, havia feito uma campanha irrepreensível, com 17 vitórias e três empates em 20 jogos disputados. Quando a bola rolou, o São Paulo soube controlar a partida e levou o empate por 0 a 0 até a decisão por pênaltis. Brilhou então a estrela do goleiro Waldir Peres que, a cada cobrança adversária, catimbava o que podia e o que não podia. O Tricolor venceu por 4 a 3 e soltou o grito de "campeão" pela primeira vez.

Segundo caneco em 1986

O segundo título nacional viria nove anos depois e, sem dúvida, foi o mais dramático de todos. O adversário era o
Guarani, que também buscava o bicampeonato e jogava em casa. O São Paulo, comandado por Pepe, mesclava a juventude de Silas, Muller e Sidnei com a experiência de Gilmar, Pita, Dario Pereyra e Nelsinho.

Quando a bola rolou, o Guarani marcou, com um gol contra do lateral-esquerdo Nelsinho. Ainda no primeiro tempo, Bernardo empatou. Na prorrogação, sobrou emoção. O Tricolor ficou na frente, com Pita, mas o Bugre virou, com Marco Antônio Boiadeiro e João Paulo. Mas, aos 14min do segundo tempo da prorrogação, Careca deixou tudo igual no marcador. Nos pênaltis, o São Paulo foi mais competente e venceu por 4 a 3.

O tri veio em 1991


Zetti, Antônio Carlos e Cafu erguem a taça conquistada em Bragança
Conquistar títulos brasileiros fora de casa era uma marca do São Paulo. E a história se repetiu em 1991. O adversário, novamente, era uma surpresa do interior paulista, o
Bragantino, então comandado por Carlos Alberto Parreira. O Tricolor entrava traumatizado na decisão, afinal havia perdido as últimas duas decisões, em 89 e 90, para Vasco e Corinthians, respectivamente. O Bragantino, por ter feito melhor campanha, tinha vantagem dos dois empates. No primeiro jogo, o Tricolor comandado por Raí, Leonardo e Zetti, venceu por 1 a 0, gol de Mário Tilico. No jogo da volta, no estádio Marcelo Stéfani, em Bragança Paulista, apesar de todo o sufoco, o empate por 0 a 0 garantiu o caneco.

O tetra em 2006

O atacante Leandro comemora o título em cima da trave, para delírio dos torcedores
Após o título de 1991, o São Paulo demorou 15 longos anos para recuperar a hegemonia nacional. Nesse período, o time conquistou tudo o que podia no cenário sul-americano e mundial. Em 2006, o time, então comandado por Muricy Ramalho, entrava no Brasileiro abatido pela perda na decisão na Taça Libertadores para o Internacional. O time não possuía grandes craques. O única que realmente desequilibrava era Rogério Ceni no gol. Mas o treinador soube usar a força do grupo que, a partir da 12ª rodada, tomou a liderança e não largou mais até o final. O título veio no empate por 1 a 1 com o
Atlético-PR, no dia 19 de novembro. Foi o primeiro caneco tricolor jogando como mandante.

O penta em 2007

Rogério Ceni comemora o pentacampeonato de 2007
O quinto título nacional teve roteiro parecido com o do ano anterior. No primeiro semestre, a equipe derrapou feio na Taça Libertadores. Desta vez, o algoz foi o Grêmio, que despachou o Tricolor na fase de oitavas de final. O time demorou a engrenar, Muricy Ramalho chegou a ter seu cargo ameaçado mas, a partir da 17ª rodada, o time se reencontrou e não teve adversários. Ficou tão fácil que o título foi conquistado com cinco rodadas de antecedência, no dia 31 de outubro, com uma vitória de 3 a 0 sobre o já rebaixado
América-RN, gols marcados por Hernanes, Miranda e Dagoberto, em um Morumbi lotado por 70 mil expectadores. O destaque desse time foi a defesa, que tinha além de Rogério Ceni, um trio de zagueiros praticamente instransponível: Breno, André Dias e Miranda.

O hexa em 2008


O time comemora o título que o colocou na dianteira em termos de títulos nacionais
O sexto título nacional do São Paulo foi para deixar qualquer torcedor cheio de orgulho. Como em 2006 e 2007, o time caiu fora na Libertadores no primeiro semestre. Desta vez, de maneira dramática, perdendo para o
Fluminense por 3 a 1, com o gol que classificou os cariocas sendo marcando aos 48min da partida realizada no Maracanã.

O time demorou muito para se reerguer. No início do segundo turno, com a derrota para o rival Grêmio por 1 a 0, a diferença para o líder chegou a 11 pontos. Mas foi então que o São Paulo mostrou porque é o clube da fé. Com uma arrancada espetacular, foi vencendo seus jogos e contando com os tropeços do adversário.

Até que, na 33ª rodada, com uma vitória sobre o Internacional por 3 a 0, no Morumbi, o time, surpreendentemente, assumia a liderança da competição . Foi só manter o embalo até o final e comemorar em Brasília, no dia 7 de dezembro, com uma vitória de 1 a 0 sobre o Goiás, adversário deste domingo, no estádio do Morumbi.

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